Pré-candidato a prefeito de Alagoinhas do Podemos, João Henrique, rejeita eventual aliança com Paulo Cezar após acusações de corrupção em sua gestão - Fala Alagoinhas News | Portal de Alagoinhas e Região

Pré-candidato a prefeito de Alagoinhas do Podemos, João Henrique, rejeita eventual aliança com Paulo Cezar após acusações de corrupção em sua gestão

O vereador João Henrique, pré-candidato a prefeito de Alagoinhas pelo Podemos, foi o único entrevistado programa Primeira Mão(nessa sexta-feira,29) que fez, até o momento, uma defesa intransigente da ética na política a ponto de rejeitar o nome do ex-prefeito Paulo Cezar para ser seu candidato a vice-prefeito, pelo fato deste estar sendo processado judicialmente por supostos desvios de recursos públicos. Seu histórico como vereador o coloca em posição confortável para esse posicionamento, porque optou pelo caminho espinhoso da oposição desde que assumiu o cargo. João Henrique tem um pensamento mais ético que a maioria, chegando a ser contra a perpetuação no poder por longos anos. Ele afirma que um gestor honesto só tem desvantagens financeiras ao assumir um cargo público, o apego ao poder, para ele, é por si só suspeito.

O pré-candidato do Podemos também afirma que vem de uma família de trajetória política honesta e que com ela aprendeu esses valores. Isso é correto, mas não se pode dizer que os Paolilo não têm apego ao poder, nem que nunca foram beneficiados por ele. Claro que tudo que receberam em troca pelos apoios políticos que prestaram está dentro da legalidade, mas houve boas compensações. Membros da familia ocuparam cargos públicos relevantes na esfera estadual e seu pai, Filadelfo Neto, teve certas facilidades, principalmente de acesso a empréstimos para seus empreendimentos que um homem comum, sem intimidade com o poder, dificilmente conseguiria. Os aluguéis pagos pelo Estado pela utilização de salas também deram sustentabilidade ao shopping de sua propriedade. A família Paolilo é um exemplo de como se beneficiar da política sem recorrer à corrupção. Eles têm o seu reduto eleitoral, isso lhes traz prestígio.  Os “Paolilos” também foram da época, assim como outras familias tradicionais, quando a precariedade do Hospital Dantas Bião fazia a alegria dos donos de clínicas da cidade.

Fora a bandeira da ética, João Henrique mostrou muito pouco. Defendeu a municipalização dos serviços essenciais como o abastecimento de água, mas não deu alternativa para a questão do lixo e do “aterro sanitário”(lixão). Revelou que vai fazer parcerias com o terceiro setor, ONGS, algo que tem sido motivo de investigação no país. Teve a coragem de dizer que os indícios de corrupção no governo Paulo Cezar são de fato muito evidentes e que torce para o ex-prefeito não estar envolvido neles. Fez críticas fortes ao atual gestor, Joaquim Neto, destacando as precariedades no setor de infraestrutura e de saúde, mencionando, neste, o pagamento irregular à empresa terceirizada. Henrique se posicionou favorável ao subsídio de gasolina dado aos vereadores, indo além, propondo que a Câmara de Vereadores tenha seus próprios projetos sociais. Neste caso, fazendo uma leitura da fala do pré-candidato, o antigo clientelismo pode ser legitimado bem como o desvio de atribuições e de competências.


João Henrique como vereador mostrou sensibilidade ao propor duas emendas para a ONG Anjo de Quatro Patas, que cuida de animais domésticos recolhidos da rua. Como vereador aprovou também emenda destinada à aquisição de veículo  para atender à saúde no povoado de Narandiba, bem como ao emprego de recursos para reforma do Posto de Saúde da Família- PSF. João Henrique pode representar a ética na política, de fato não há nada que desabone ele e sua família, falta-lhe idéias administrativas que podem ser construídas. No contexto atual, apresenta-se como algo realmente novo.
Acompanhe a entrevista de João Henrique no programa Primeira Mão:
Por Paulo Dias para o News Infoco

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