Quando as pernas paralisaram, os sonhos nadaram mais longe: a história inspiradora de Verônica Almeida em Alagoinhas - Fala Alagoinhas News | Portal de Alagoinhas e Região

Quando as pernas paralisaram, os sonhos nadaram mais longe: a história inspiradora de Verônica Almeida em Alagoinhas

 

A atleta paralímpica e multicampeã de natação Verônica Almeida abriu a programação do SuperAÇÃO, Evento Desportivo de Alagoinhas, realizado pela Prefeitura da cidade, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES), em parceria com a Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo (SECET). A atividade aconteceu na manhã deste sábado (20), na quadra da Praça dos Esportes

Durante a palestra motivacional, Verônica compartilhou uma história de superação que emocionou o público. Segundo ela, os médicos chegaram a afirmar que teria apenas mais um ano de vida. Mesmo assim, nunca desistiu. Hoje, além de atleta consagrada, segue atuando em projetos sociais e iniciativas voltadas à inclusão.
“Sempre tive vontade de viver. Quando perdi os movimentos das pernas, também perdi meu emprego, mas meus sonhos não pararam. A ciência dizia que eu não poderia ser mãe, mas sou mãe de um  menino e uma menina. Lutei contra todos os medos e, fora do Brasil, conquistei medalhas mundiais. Fui a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha nos 50 metros borboleta, categoria S7, nas Olimpíadas de Pequim, em 2008”, contou.

Verônica também chamou atenção para a importância da acessibilidade e da inclusão social e esportiva das pessoas com deficiência. Para ela, o tema vai muito além de rampas e adaptações físicas. “Acessibilidade é garantir autonomia, segurança, igualdade e dignidade para todas as pessoas, com ou sem deficiência”, destacou.
Há mais de 10 anos, Verônica convive com a síndrome de Ehlers-Danlos, uma doença genética rara que afeta a produção de colágeno, proteína essencial para a sustentação dos ossos, músculos, órgãos e da pele. Ela relembrou que levava uma vida normal até que, de repente, após uma forte dor de cabeça, perdeu os movimentos das pernas e passou a usar cadeira de rodas.

Mas foi na natação que encontrou força para seguir em frente. “Mesmo sem mexer as pernas, eu acordava todos os dias às quatro da manhã para nadar em um clube de Salvador. Era uma forma de fortalecer o coração, já que a doença também poderia afetar esse órgão. Eu só pensava em uma coisa: viver”, relembrou, emocionando a plateia.

Por Mackson Viana





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