Viviane Barci e Alexandre de Moraes. -
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu arquivar o pedido de investigação sobre a possível atuação do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do Banco Master.
O pedido de investigação foi apresentado pelo advogado Enio Murad. Na representação, o advogado relata que, conforme divulgado pela imprensa, Moraes teria mantido interlocução com o presidente do Banco Central (BC) , Gabriel Galípolo, em favor de interesses privados do Banco Master.
Além disso, a outra justificativa para o pedido era o contrato firmado entre a instituição financeira e o escritório comandado por Viviane Barci de Moraes, esposa de Alexandre de Moraes.
Ao arquivar o pedido, Gonet afirmou que, sobre o contrato, “não se vislumbra, a priori, qualquer ilicitude que justifique a intervenção desta instância”. Gonet também destacou que “refoge ao escopo de atuação e à competência da Suprema Corte a ingerência em negócios jurídicos firmados entre particulares, especialmente quando resguardados pela autonomia intrínseca à atividade liberal da advocacia”.
Por fim, ao determinar o arquivamento do pedido apresentado pelo advogado Enio Martins Murad, Gonet afirmou que “o noticiário citado [no pedido de investigação] não ostenta densidade suficiente para mobilizar o aparato da Procuradoria-Geral da República”.
O contrato do escritório de advocacia da esposa do ministro Alexandre de Moraes com o Banco Master totalizava R$ 129 milhões. O montante seria pago em 36 meses, a partir do início de 2024, ou seja, o banco pagaria, por mês, R$ 3,6 milhões ao escritório Barci de Moraes Advogados.

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