A gestão do prefeito Pequeno Sales (PT), em Catu, cidade localizada no interior da Bahia, tem enfrentado críticas pela destinação de recursos públicos. O município empenhou R\$ 2,18 milhões em atrações musicais para os festejos juninos, valor superior ao que foi investido em áreas essenciais como saúde, transporte público e infraestrutura.
Entre os artistas contratados para o São João, Henry Freitas lidera a lista com um cachê de R\$ 565 mil. Mari Fernandez recebeu R\$ 480 mil; Toque 10 e Thiago Aquino, R\$ 300 mil cada; Estakazero, R\$ 190 mil; Colher de Pau e Cangaia de Jegue, R\$ 100 mil cada; Arrocha o Nó, R\$ 65 mil; e Victor Viotti, R\$ 30 mil.
Enquanto isso, setores fundamentais acumulam déficits. A cidade enfrenta problemas graves na saúde, infraestrutura e educação. Em abril, foi firmado um contrato de R\$ 3,4 milhões com uma empresa de materiais elétricos para manutenção da rede pública, mas bairros como o Sítio Novo continuam às escuras e são alvo de constantes reclamações da população.
No transporte escolar, a situação é crítica. No dia 22 de maio, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) recebeu uma ação civil pública com pedido de liminar contra a prefeitura, após denúncias feitas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Segundo a entidade, a falta de monitores no transporte público escolar tem forçado estudantes com deficiência a abandonarem a escola por falta de segurança no deslocamento.
De acordo com dados da aba de Despesas do Portal da Transparência do município, em maio, Catu destinou apenas R\$ 1.647.939,61 para transporte e R\$ 1.948.251,69 para infraestrutura — ambos valores inferiores ao montante gasto com os festejos juninos.
A gestão de Pequeno Sales vem sendo cobrada por priorizar festas em detrimento de políticas públicas fundamentais, deixando a população sem acesso adequado a serviços essenciais.
Fala Alagoinhas News
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