Um novo estudo do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz, aponta que as crianças têm uma baixa probabilidade de transmitir o vírus para os adultos, mas há chance de serem infectadas mais facilmente.
O resultado foi baseado após um estudo na comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro, onde todas as crianças testaram positivo para o coronavírus. A coordenadora do estudo, Patrícia Brasil, no entanto, enfatiza que na época, a variante P.1 estava em evidência, hoje sendo dominante, além do distanciamento social que era bem maior, contrário do que é observado atualmente. "Ainda assim, não faz sentido manter as escolas fechadas com o restante da economia aberta. A vacinação dos profissionais de educação, no entanto, é essencial para a reabertura".
As crianças eram as principais para os estudos de possíveis transmissoras do vírus, já que não apresentavam poucos sintomas e não seguiam medidas de higiene como adultos, mas a tese foi descartada, mesmo com as escolas fechadas.
Patrícia ainda reforça que, mesmo as crianças não sendo os principais transmissores do vírus, ainda há a necessidade de incluir os menores nos grupos de ensaios clínicos de imunizantes. "Se os adultos forem imunizados e as crianças não, elas podem continuar a perpetuar a epidemia", explicou ao site O Globo.

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