Não procurei a política, a política me procurou.
Alguns filiados do partido Novo me procuraram, há um tempo atrás, com o objetivo de montar uma coordenação para viabilizar a criação do diretório do partido Novo em Alagoinhas. Assim fizemos, conseguimos montar um grupo com mais de 100 pessoas, com participação de empresários e profissionais liberais. Para criação do diretório municipal, o Novo estabeleceu pré-requisitos: a cidade teria que ter acima de 300 mil habitantes, o que poderia ser flexibilizado se atingíssemos o número de 150 filiados. No entanto, apesar de muitos esforços, só conseguimos 40 filiados. Confesso que fiquei um pouco decepcionado com a falta de interesse político da classe empresarial. Os profissionais liberais abraçaram essa causa, mas os empresários, ainda que reconheçam as fortes demandas da área, tiveram medo ou receio de participar da política, sobretudo a política partidária (eu também tinha, porém hoje sei que é quase impossível alguém lograr êxito sem fazê-la).
Veio a pandemia, com ela, os decretos com medidas restritivas e o lockdown. A partir daí ficou muito claro para mim a necessidade latente de entrar na política para que a classe empresarial tivesse seu representante. Resolvi, então, me filiar ao Podemos, a fim de apoiar o candidato João Henrique Paolilo, para que pudéssemos lançar candidatura própria ao Executivo. Embora tenha tido uma brilhante atuação na Câmara, em função das pesquisas e da política partidária, o nosso candidato teve que fazer uma coligação com os partidos Rede, PT ,PCdoB e outros. Essa formação de chapa foi vista com muita desconfiança pelos empresários. Conversei com os participantes do grupo para ver se continuaria na disputa por uma cadeira na Câmara e fui aconselhado a fazer uma campanha independente da majoritária - haja vista que algumas reuniões necessárias para a homologação da candidatura e inauguração do comitê me trouxeram alguns constrangimentos, pelo meu perfil liberal e condições financeiras. Decidi, assim, deixar o meu nome à disposição da classe empresarial, como um representante raiz.
Contudo, eleição para vereador é mais difícil e complexa do que se pode imaginar. De nada adianta boas propostas, se não tiver um bom marketing para divulgar de forma clara e precisa, mas também não se é eleito somente com ideias e a publicização das mesmas, é preciso que o candidato tenha penetração nas comunidades e faça alianças, que tenha um grupo fechado com a sua candidatura.
Mas, desse desafio a principal lição que ficou foi a necessidade de montar uma equipe de governo unida para superar essa crise financeira intensificada pela Pandemia. Acabada as eleições municipais, não deve existir adversários. Nem a esquerda, nem a direita irão promover o desenvolvimento econômico e social de Alagoinhas. O crescimento econômico será promovido pela iniciativa privada, através de empresários comprometidos com o empreendedorismo consciente. Com a política do ganha-ganha, sem haver aumento de arrecadação, o Estado não poderá promover nenhuma melhoria para a população. E, para que isso ocorra, vereadores eleitos e entidades representativas deverão unir forças com o Executivo para que possamos desenvolver o crescimento econômico sustentável do nosso município .


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