Um exame preliminar do Hospital Regional indicou a presença de um tipo de organofosforado, substância presente em inseticidas, agrotóxicos e em veneno de rato, popularmente conhecido como chumbinho e que tem a venda proibida no Brasil.
Na noite de ontem, o delegado Laércio Rossetto, chefe da 2ª DP, informou que o caso foi tratado com prioridade pelos agentes, assim como pelos especialistas dos institutos da Polícia Civil. Uma força-tarefa foi realizada para elucidar a causa da morte e assim determinar se o professor foi envenenado ou intoxicado.
Odailton Charles tinha ido à Escola Classe 410 Norte na última quinta-feira (30), para encontrar uma colega de serviço. Ali, a mulher o teria recebido de forma hostil, como o professor relatou em áudio de WhatsApp a uma amiga. Contudo, após alguns minutos, ele foi convidado por ela a entrar em uma sala para resolver a situação.
Ainda segundo relato do professor, a mulher ofereceu um suco de uva. Mesmo desconfiado, Odailton Charles aceitou. Cerca de 15 minutos após tomar a bebida, contou ter passado mal, em um áudio de mais de dois minutos. Pouco tempo depois, ele enviou uma nova mensagem para a amiga. Dessa vez, refletiu: "Será se ela me envenenou?" (sic).
As mensagens enviadas pelo professor foram colocadas em um pendrive e entregues para agentes da 2ª DP ainda na sexta-feira, pela mulher dele, Priscilla Santana de Lima Albuquerque, 39. Ela também apresentou as roupas que o companheiro usava quando passou mal. As vestimentas foram encaminhadas para perícia do Instituto de Criminalística.
Investigação
O corpo do professor foi velado nesta quinta-feira no Adventista de Águas Claras. O sepultamento ocorreu às 16h, no cemitério Campo da Esperança da Asa Sul.
No velório, o cunhado de Odailton disse que a família preferia acreditar que a causa da morte seja natural. No entanto, a conclusão dos especialistas foi a de que houve envenenamento.
Na quarta-feira (5), peritos estiveram no colégio da 410 Norte com a intenção de reconstituir a dinâmica da morte de Odailton. Desde a morte do professor, funcionários da escola pediram transferência da instituição
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